Categoria: Ritmos Afro-brasileiros

Os ritmos afro-brasileiros utilizam a estética da cultura africana com influências da música brasileira, influenciando diversos gêneros musicais no Brasil. Com sua riqueza cultural, esses ritmos são determinados por uma forte presença percussiva, com tocadas, batidas firmes e pulsantes, tornando a música com uma atmosfera ativa e movente. Esses ritmos foram utilizados nos arranjos principalmente através do uso de técnicas estendidas junto aos instrumentos, com o uso das mãos em várias partes do corpo do instrumento: o tampo da frente, tampo do fundo, laterais, estandarte, cavalete e outros.

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• Habilidades:

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1- Técnicas estendidas: Aprender e dominar técnicas tais como o col legno battuto, arco sul ponticello, arco sul tasto e snap pizz, para testar novas possibilidades sonoras nos arranjos. Essas técnicas estendidas permitem exploração de timbres percussivos e diferentes texturas, se igualando aos sons tradicionalmente produzidos pelos instrumentos de percussão.

 

2- Ritmos e coordenação motora: O Desenvolvimento de habilidades de execução simultaneamente de duas estruturas rítmicas diferentes, dividindo corretamente esses ritmos entre a mão esquerda e a mão direita. Os ritmos afro-brasileiros, como o samba reggae, são conhecidos por suas estruturas rítmicas. Pratique a execução dos ritmos percussivos nos corpos dos contrabaixos e violoncelos, criando coordenação motora e adaptabilidade às diferentes estruturas rítmicas.

 

3- Groove:  É a sensação de fluxo e balanço musical. O groove é fundamental para a execução correta dos ritmos afro-brasileiros, trazendo a energia, acentuação e a pulsação características desses estilos musicais.

 

4- Improvisação:  O desenvolvimento de habilidades de improvisação, especialmente em convenções rítmicas específicas de cada passagem musical. Os ritmos afro-brasileiros são conhecidos por sua imensa capacidade de improvisações e variações rítmicas. Pratique a criação de improvisações, para mantendo a coesão rítmica e melódica, contribuindo para a fluidez e a expressividade da obra.

 

5- Comunicação: Aprenda a tocar em conjunto e desenvolva a habilidade do contato e da comunicação visual, interpessoal e musical. Tocar em grupo exige uma interação constante entre os músicos, e a comunicação é essencial para manter a coesão e a coletividade na execução dos ritmos afro-brasileiros. Pratique a comunicação visual, através de sinais e troca de olhares, assim como a comunicação interpessoal, através do diálogo musical, contribui para a música se tornar coesa e envolvente.

 

6- Conhecimento cultural: É o desenvolvimento do conhecimento e da apreciação pela cultura brasileira em suas variadas facetas e expressões. Além de praticar os ritmos afro-brasileiros em conjunto, é importante estudar e compreender a história, a tradição e a influência desses ritmos na música brasileira. Conhecer a cultura brasileira e seu contexto ajuda a trazer uma maior autenticidade e sensibilidade nas interpretações musicais.

 

• Estratégias:

 

1- Estude a parte rítmicas: Perceba e identifique as células rítmicas características do samba reggae e pratique tocá-las nos contrabaixos e violoncelos. Comece devagar, dividindo o ritmo em partes menores e gradualmente aumente a velocidade à medida que se sentir mais confortável.

 

2- Explore as combinações de ritmos: Teste combinações diferentes padrões rítmicos no grupo de cordas graves. Isso envolve tocar ritmos diferentes em cada instrumento ou criar contra-melodias rítmicas que se encaixem nas estruturas rítmicas principais.

 

3- Transcrição e análise: Escolha gravações de samba reggae e faça transcrições das linhas de baixo e das partes rítmicas dos instrumentos percussivos. Analise as estruturas rítmicas e melódicas utilizadas nessas gravações e tente incorporá-las ao seu próprio estilo de tocar.

 

4- Pratique com os colegas: Encontre outros integrantes que se  interessam ​​em explorar os ritmos afro-brasileiros e as possibilidades sonoras dos contrabaixos acústicos e violoncelos. Tocar em conjunto permite uma interação e colaboração, além de desenvolver habilidades de escuta e de adaptação às diferentes nuances musicais.

 

5- Workshops e aulas: Participe de festivais, workshops e aulas ministradas por músicos e grupo experientes em ritmos afro-brasileiros. Isso proporciona oportunidade de aprendizado mais direcionada e uma imersão mais profunda no estilo e nas técnicas necessárias.

 

6- Elabore arranjos: Ao se familiarizar com os ritmos do samba reggae, teste criar seus próprios arranjos para o grupo de contrabaixos acústicos e violoncelos. Explore diferentes variações rítmicas e melódicas para adicionar seu toque pessoal às músicas.

 

7- Performances: Veja apresentações ao vivo de grupos de música brasileiras tais como samba reggae para observar as técnicas usadas pelos instrumentistas de contrabaixo acústico e violoncelo. Observe sua postura, movimentos de arco e técnicas estendidas utilizadas durante a performance.

 

8- Plano de estudo: Estabeleça metas e organize um plano de estudo forte e diário para o desenvolvimento das habilidades ditas. Encontre um tempo diariamente para se dedicar à prática e ao aprimoramento dessas habilidades, seja individualmente ou em grupo.