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Categoria: Técnica

A técnica é o elemento propulsor da criação expressiva na interpretação musical, a partir das habilidades em executar golpes de arco, vibrato, pizzicato e sons harmônicos, enriquecendo a materialização da perfórmance nas suas mais diversas expressões físicas. Entende-se por técnica o conjunto de estratégias relacionadas à execução de desafios pontuais nos arranjos desenvolvidos para esse trabalho.

  • Habilidades:

1- Velocidade do arco: A habilidade de controlar a variação na velocidade do arco é fundamental para o manuseio da sonoridade do instrumento. Os instrumentista do grupo de cordas graves necessitam aprender a usar diferentes velocidades para o manuseio arco para criar detalhes musicais, como crescendos e diminuendos e diferentes golpes de arco. Esse domínio proporciona um maior controle sobre as variações de intensidade e articulação, enriquecendo a expressividade da interpretação.

 

2- Afinação em saltos: Refere-se à habilidade de tocar com precisão ao saltar e mudar de uma posição a outra nos instrumentos, principalmente ao tocar passagens que exigem o uso de cordas soltas. Os instrumentistas aprendem a desenvolver uma conexão visual e auditiva com outros membros do grupo, garantindo uma melhor afinação e uma performance coletiva coesa. A afinação em saltos é essencial para assegurar a integridade harmônica de um conjunto e contribui para o desenvolvimento da habilidade de tocar em grupo e afinado.

 

3- Mudanças de posição com ligadura: As mudanças de posição são frequentemente usadas para permitir que os instrumentistas acessem diferentes regiões do instrumento, explorando diferentes dedilhados e sonoridades. Tal habilidade envolve a transição suave e fluida de uma posição para outra, mantendo uma ligação contínua do som entre as notas. Aprender a executar essas mudanças com precisão e fluência é essencial para evitar interrupções na linha melódica.

 

4- Características sonoras: Os instrumentos de cordas tem suas próprias características sonoras distintas. Aprender a explorar e utilizar essas características torna-se essencial para criar uma interpretação musical de qualidade. No caso dos instrumentistas de cordas, o uso expressivo do vibrato é uma das principais habilidades a ser desenvolvida. O vibrato é um movimento delicado das mãos que adicionam a sensação de movimento, vida e emoção às linhas melódicas, permitindo variações no timbre e na intensidade da nota. O dominío do vibrato é essencial para transmitir a expressão desejada na música.

 

5- Sons harmônicos: É produzidos quando as cordas são tocadas em pontos específicos das cordas. Aprender a localizar e produzir os sons harmônicos em diferentes regiões do instrumento permite aos músicos explorar um espectro mais amplo de sonoridades e efeitos sonoros. Os sons harmônicos são usados para criar uma atmosfera etérea e evocativa nas performances, adicionando uma dimensão vocal à expressão musical.

 

  • Estratégias:

 

1- Pratique com regularidade: Estude regularmente para praticar as habilidades técnicas adquiridas, use os exercícios presentes em métodos tradicionais e atuais de contrabaixo e violoncelo, como SIMANDL e DOTZAUER. Tais exercícios abordam características típicas de cada um desses intruementos tais como mudanças de dinâmica e articulação, que são essenciais para o desenvolvimento da velocidade e controle  do arco.

 

2- Descubra diferentes técnicas: Experimente diferentes técnicas de arco e de execução, como sautille, staccato e legato, para obter diferentes timbres e articulações musicais. Por meio das mudanças de posição presentes em cada arranjos, é possível explorar as diversas regiões do instrumento, desenvolvendo diferentes dedilhados e sonoridades.

 

3- Elabore exercícios específicos para cada ocasião: Crie exercícios que ajudem a desenvolver a qualidade sonora, como escalas, arpejos e outros, adaptando-os às tonalidades dos arranjos que você está estudando. Esses exercícios ajudam a aprimorar sua técnica e a adquirir controle na execução.

 

4- Controle da afinação: Use as cordas soltas e sons harmônicos como referências visuais e auditivas para ajuda na afinação. Compare as notas de chegada e de saída com as cordas soltas correspondentes do instrumento. Essa prática ajudará a afinar com mais precisão e a desenvolver o ouvido para a afinação correta.

 

5- Glissando: Estude os saltos lentamente, através da técnica do glissando. Isso ajuda a desenvolver o relaxamento na mudança de posição. Utilize uma flanela como apoio, simulando o movimento de "limpar as cordas do instrumento", deslizando a flanela sobre elas. O relaxamento do polegar da mão esquerda também é importante para evitar tensões nos dedos e na palma da mão, proporcionando fluência na execução dos saltos e das passagens de maior desenvoltura técnica.

 

6- Vibrato: Estude o vibrato progressivamente com a ajuda de um metrônomo para controlar a velocidade. Pratique apoiando os dedos em uma superfície reta para garantir uma técnica fina e o controle do giro do movimento. Além disso, você pode praticar essas escalas usando o vibrato sem interrupção com diferentes velocidades e dinâmicas desenvolvendo a fluidez e expressividade.

 

7- Harmônicos: Observe a velocidade e a região do arco, no preso correto dos dedos da mão esquerda, nos dedilhados e na forma como a mão esquerda é posicionada para a tocar os sons dos harmônicos. Tais elementos são essenciais para obter um som limpo e preciso.

Cordas Graves - NEOJIBA

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